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Deficientes aprendem a criar programas de informática em Brasília

por Paloma Costa última modificação 2009-07-10 19:40

Curso é gratuito. Turmas têm surdos e cegos. Setor de tecnologia da informação deve abrir 40 mil vagas ao longo do ano. Globo.com, Bom dia Brasil 08/07/09 - 08h53 - Atualizado em 08/07/09 - 09h05

Solidariedade. Jovens deficientes e carentes, em Brasília, estão tendo uma chance de ouro.


O curso é para um mercado muito concorrido, o de tecnologia de informação. Muito concorrido, mas um bom programador de sistemas tem emprego garantido. O curso é para adolescentes que não enxergam ou não ouvem. E, além da profissão, eles aprendem a superar o preconceito.

O computador era um desafio.

 

“Eu imaginava que seria um bicho de sete cabeças”, diz um rapaz.

Hoje não tem mistério. Graças a uma lição de solidariedade. Um curso ensina alunos surdos a criar programas de computador de graça. Tem turmas de cegos também. Uma empresa americana doou para cada um deles um programa que lê em voz alta tudo o que está na tela, como mensagens eletrônicas e o conteúdo da internet.

Outra empresa de tecnologia cedeu os professores e o espaço para as aulas. No total, 480 voluntários ajudam na qualificação de estudantes de informática.

Os alunos têm chance de sair da sala de aula direto para o mercado de trabalho. Apesar da crise, não faltam propostas de emprego para programadores de sistema com um bom currículo.

O setor de tecnologia da informação deve abrir 40 mil vagas em todo o país ao longo do ano.

Eles são treinados para decifrar códigos, ditar comandos para a máquina e criar sistemas que permitem as empresas expandir negócios. Vender produtos pela internet.

Rafael venceu a concorrência e o preconceito. Hoje é funcionário do Tribunal Superior do Trabalho. Ajudou a criar um sistema que facilita a comunicação interna, entre os funcionários.

“Já tem dois anos que eu trabalho com desenvolvimento de sistemas e é o que eu gosto de fazer e o que sei fazer de melhor”, diz o programador de sistema Rafael Oliveira.

Por ano, o curso forma 150 alunos. Marco Antônio já sonha com o diploma e com o salário de um profissional.

“De R$ 5 mil pra lá, é o que eu espero e é o que hoje pagam mais ou menos para um programador”, diz o rapaz.

Os cursos são realizados durante todo o ano. São pequenos gestos de solidariedade com um resultado muito bom. Basta uma chance, uma oportunidade para que esses jovens mostrem do que são capazes e o quanto são competentes.

Assista o vídeo na url: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1222574-16020,00-DEFICIENTES+APRENDEM+A+CRIAR+PROGRAMAS+DE+INFORMATICA+EM+BRASILIA.html

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