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Acessibilidade Brasil, em parceria com o governo federal, busca tornar acessíveis os sítios públicos

por Paloma Costa última modificação 2009-04-27 21:34

Data: 11-02-2005 A organização não-governamental Acessibilidade Brasil trabalha em parceria com o governo federal na formulação das novas regras para adequar os portais e sítios do governo na internet, o chamado governo eletrônico, a um novo padrão, que possa ser visualizado por pessoas deficientes. Até 24 de fevereiro o documento, que tem como referência os padrões internacionais adaptados à realidade brasileira, fica disponível para consulta pública no sítio www.governoeletronico.gov.br.

Acessibilidade Brasil, em parceria com o governo federal, busca tornar acessíveis os sítios públicos

Acessibilidade Brasil

Todos os órgãos da administração pública têm até o dia 4 de dezembro para se adequar as novas regras. O objetivo é facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais à rede. Existem pelo menos 300 endereços eletrônicos do governo em atividade.

 De acordo com Guilherme Lira, presidente da ONG, antes os portadores de necessidades especiais eram duplamente excluídos, pela deficiência e pela falta de inclusão digital e que um mundo onde não haja exclusão está sendo construído. “Isso está acontecendo no mundo inteiro e deve envolver pelo menos a metade da população brasileira”, afirma. O presidente da ONG conta ainda que esse modelo é fundamental para aproximadamente 24,3 milhões de pessoas com deficiência no país.

O chamado Modelo de Acessibilidade, criado pelo Ministério do Planejamento, será submetido a consulta pública no próximo dia 18 e nessa primeira versão o foco é o portador de deficiência auditiva e visual. Para a diretora do Departamento de Governo Eletrônico do Ministério do Planejamento, Patrícia Pessi, a idéia dessa padronização dos sites é tornar mais legível e compreensível o conteúdo da internet. “O ideal é que os sítios já sejam construídos em condições apropriadas, mas no caso dos que estão no ar deve haver uma adequação”, diz. “O ponto principal é assegurar um conteúdo legível e compreensível”.

 Segundo a diretora, principalmente os sites de serviços, como os de consulta à previdência, a imposto de renda, CPF, concursos públicos e o sítio dos correios, que são os mais acessados, devem ser os primeiros a se adaptar. Com toda essa mudança nos portais e sítios, Patrícia diz que o impacto no mercado de trabalho de construção e desenvolvimento dos endereços eletrônicos deve ser significativo. “É nova realidade. Todas as produtoras de sítios, empresas que trabalham nessa área, vão ter uma nova disciplina para começar a considerar no desenvolvimento de portais”, comenta.

 Fonte: Rede Brasil - ouça em MP3 a reportagem da hora do Brasil de 14 de janeiro de 2005 fazendo download aqui

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